Conforme anunciado, o movimento dos trabalhadores rurais pela construção da ponte do Codozinho, organizado pela Rede de Defesa dos Direitos da Cidadania, aconteceu nesta sexta feira, dia 15, juntamente com o ato pela disponibilização das prestações de contas do prefeito e do ex-presidente da Câmara de vereadores. Conforme o estabelecido, os trabalhadores só finalizaram o ato após conversarem com o prefeito. Apesar dos métodos rasteiros utilizados pelo governo para tentar desmobilizar os trabalhadores e fazer com que estes não comparecessem ao ato, cerca de 300 pessoas participaram do manifesto. O prefeito também foi avisado previamente sobre a visita dos trabalhadores, que chegaram à prefeitura por volta das 11 horas da manhã, mas que só foram recebidos às 17:30 horas. Tal recepção, entretanto, não foi nada amistosa, pois uma verdadeira tropa foi mobilizada não sabemos com qual objetivo. Toda a guarda municipal estava presente e não se ausentou do local nem mesmo para almoçar. Imaginava o prefeito que estavam ali um bando de baderneiros e vândalos, mas se decepcionou, pois o protesto foi pacífico, apesar de a todo instante os trabalhadores terem sido incitados à violência por alguns capangas do governo.
GOVERNO ANTIPOPULAR E FASCISTA!
A cada manifesto, fica cada vez mais evidente o caráter antipopular e fascista de Zito Rolim. O fato de o mesmo fazer os trabalhadores esperarem mais de 6 horas para receberem apenas alguns esclarecimentos sobre a demora na reconstrução da ponte do Codozinho representa um profundo desrespeito e falta de consideração para com o povo. O prefeito foi previamente avisado e, mesmo se não o fosse, deveria atender os trabalhadores prontamente. Na verdade, podemos concluir que o prefeito só recebeu o povo porque sabia que este não arredaria o pé da porta da prefeitura enquanto não fosse ouvido.
Zito demonstra ser também um fascista de alta estirpe, pois utilizou-se de diversos métodos abjetos para conter a realização do manifesto, entre eles: envio de capangas às localidades para mentir que o manifesto não iria mais acontecer; reuniões com lideranças de localidades para tentar descaracterizar o movimento; inaugurações arranjadas de obras em localidades, e até mesmo denúncia ao Ministério Público de que não poderíamos ocupar a praça Ferreira Bayma por conta da programação do aniversário da cidade, que somente iniciaria às 8 horas da noite. Felizmente, já tínhamos comunicado á polícia civil a ocupação do espaço, obedecendo a uma determinação constitucional. Mesmo assim, ao final do manifesto, representantes do governo afrontaram a lei e colocaram um carro de som de alta potência para abafar nossas falas e inviabilizar nossa organização. Também ficou muito claro durante a manifestação que o prefeito mobilizou alguns dos seus capangas para irritar e incitar à violência alguns manifestantes. A intenção era que saíssemos como baderneiros, mas felizmente o plano fracassou. Para concluir, o prefeito finalizou seu discurso sem assumir o compromisso de reivindicar, junto ao governo do estado, a reconstrução da ponte. Deu as costas ao povo e saiu.
O MANIFESTO FOI POSITIVO E A LUTA CONTINUA
Apesar do “balde de água fria” que o prefeito derramou nos trabalhadores, não assumindo qualquer compromisso com a causa reivindicada, nem mesmo de intervir politicamente junto ao governo do estado, avaliamos que o manifesto foi positivo. Primeiro, porque a cidadania compareceu e participou massivamente, segundo, porque agora há uma denúncia formal no Ministério Público, e terceiro, porque conseguimos conversar com o prefeito sem precisar acampar. A resposta do prefeito já era esperada, mas era necessária ser ouvida pelos trabalhadores, para eles poderem dar o segundo passo com mais firmeza e radicalidade. Agora, os trabalhadores sentiram na pele o carrasco contra o qual estão lutando.
E AS PRESTAÇÕES DE CONTAS?
Segundo a legislação, a partir do dia 15 de abril de cada ano, os prefeitos e os presidentes de Câmara de vereadores devem disponibilizar suas prestações de contas, referentes ao exercício do ano anterior, na sede do poder legislativo. O ato público desta sexta feira também tinha como objetivo observar se o prefeito e o ex-presidente da Câmara de vereadores obedeceram à legislação. Infelizmente, devido à dimensão do manifesto em frente à prefeitura, não encontramos tempo para ir até a Câmara Municipal verificar se a documentação estava lá. Todavia, na segunda feira, dia 18, uma comissão fará essa apuração. Caso as prestações de contas estejam disponibilizadas, serão agendadas datas para análise. Em contrário, os gestores serão representados junto ao Ministério Público por crime de falsidade ideológica e improbidade administrativa.
E O PROFESSOR GALVÃO?
Sobre o professor Galvão, é preciso que se esclareça:
1. O mesmo nunca integrou o grupo dos seis coordenadores que hoje compõem a coordenação do Núcleo Local da Rede de Defesa dos Direitos da Cidadania, apesar de sempre acompanhar as lutas organizadas pelo movimento, algo que nunca impedimos a ninguém. Daí resulta que o referido professor nunca votou, deliberou e falou em nome da Rede de Defesa da Cidadania;
2. A atitude do professor é extremamente execrável, e portanto inaceitável, diante dos princípios éticos do movimento. Trata-se de uma conduta criminosa e merecedora de todo o repúdio da sociedade. Vender os sonhos alheios, principalmente quando se trata de pessoas que só lhes resta sonhar, é o pior de todos os crimes; Nesse caso, torna-se um inimigo maior que o gestor, pois este, pelo menos, tem lado declarado;
3. Aproveitamos esse triste e revoltante episódio, para denunciar mais uma vez o caráter fascista do prefeito, pois não há dúvidas de que este negociou com o professor Galvão para que o mesmo contivesse o movimento. Isso ficou patente desde o início, ainda na ponte, quando o professor tentou nos convencer e aos trabalhadores rurais a desistir da marcha e a fazer apenas uma comissão para conversar com o prefeito. Idéia esta prontamente refutada. Certamente ele não recebeu a segunda parte do acordo.
Atenciosamente,
Coordenação da Rede de Defesa dos Direitos da Cidadania
fonte: blog lutasocialista
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