Desde o início da administração de Zito Rolim, os cofres da prefeitura de Codó já receberam somente do Fundeb 40 – fonte de onde provêm os recursos para reforma e construção de escolas – R$ 42.028.460,00 (quarenta e dois milhões, vinte e oito mil, quatro centos e sessenta reais). No entanto, quando observamos a realidade de muitas das nossas escolas não conseguimos enxergar a aplicação destes recursos. Um exemplo da situação de sucateamento e abandono de muitas das unidades de ensino da rede municipal é a escola da localidade Limoeiro, na zona rural da cidade. A escola Antônio Figueiredo Salazar, onde funcionam quatro turmas, não possui condições de funcionamento, pois apresenta grandes rachaduras na sua estrutura física.
Rachadura interna na cozinha
Mesma rachadura, na parte externa da cozinha
A visita da direção do SINDSSERM á referida escola constatou que a mesma ameaça a vida de dezenas de crianças que nela estudam, pois há risco de desabamento. A pintura da escola ainda com as cores do governo anterior denuncia que a mesma parece não ter sido recebido qualquer reparo na gestão do governo Zito. Os moradores da localidade informaram que o poder público há tempos promete fazer a reforma da escola, mas até o momento nenhuma ação foi feita. Também concordamos que os governos anteriores nada fizeram pela nossa educação, mas é inadmissível passar toda a gestão imputando a culpa pelo sucateamento de boa parte das nossas escolas aos gestores passados. As crianças nada têm a ver com isso.
Escoras para impedir o desabamentoMais rachadurasSerá que governo não poderia destinar uma parcela dos três milhões e meio, recentemente usurpado dos professores, para a reforma da escola Antônio Figueiredo Salazar? O caso da escola do Limoeiro e de várias outras, localizadas, sobretudo, na zona rural, só pode ser o resultado de duas coisas: corrupção ou falta de planejamento na atual administração pública. Uma vez que o governo se nega a não disponibilizar sua prestação de contas para a população, a direção do SINDSSERM está inclinada a aceitar as duas hipóteses.
Banheiro onde os estudantes fazem suas necessidades fisiológicasO mínimo que se espera de um governo planejado e transparente é a participação popular nas decisões relativas aos problemas sociais que devem ser atacados pelas políticas públicas. Temos absoluta certeza que se o poder público tivesse realizado alguma audiência pública para consultar os moradores da zona rural, eles teriam reivindicado prioridade á reforma da escola do Limoeiro. Um governo democrático e transparente discutiria e apresentaria para a população um planejamento das unidades de ensino que seriam construídas e/ou reformadas em determinado exercício financeiro. O governo Zito, ao contrário, age de forma patrimonialista, como se não devesse satisfação ao povo. Senão, vejamos: recentemente foi orientado pelo Ministério Público Estadual a construir seu Portal da Transparência. Também recentemente foi condenado a pagar multa diária de R$ 500,00 reais por não ter disponibilizado sua prestação de contas para a população (as contas públicas de 2009 até hoje também não foram apresentadas). No mês passado, o governo tentou ainda burlar a legislação ao enviar seu Projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) ao legislativo sem ter realizado o chamado Orçamento Participativo, através de audiências públicas nos bairros.
Mesma rachadura, na parte interna
Diante destes fatos lamentáveis, o SINDSSERM denunciará imediatamente o sucateamento da escola pública municipal Antônio Figueiredo Salazar ao Ministério Público para que este tome as providências cabíveis, como também exigirá do poder público municipal um cronograma com as unidades de ensino que serão construídas e/ou reformadas ainda este ano.
Quadro e cadeiras danificadosNem uma pintura a escola recebeu
Fonte: blog luta socialista
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