quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pesquisa mostra Flávio Dino com 65% em Imperatriz

Levantamento realizado em Imperatriz pelo Instituto Amostragem, nos dias 17, 18 e 19 deste mês, mostram uma folgada liderança do presidente da Embratur, Flávio Dino, na disputa pelo Governo do Estado em 2014. Foram testados dois cenários eleitorais num universo de 600 eleitores da segunda maior cidade do Maranhão.


Flávio Dino
Num confronto com o ministro Edison Lobão, 59,83% dos eleitores votariam em Flávio Dino contra 24% no ex-governador. Numa hipotética disputa com Roseana Sarney, que não participará da eleição para o governo em 2014, Flávio Dino teria uma vitória ainda maior: de 65% a 23%. O secretário Luís Fernando, ventilado como possível candidato, teria 3% no cenário da disputa com Flávio Dino e Edison Lobão.
Os números do Instituto Amostragem revelam uma forte migração dos votos dados a Jackson Lago nas últimas eleições para o Governo do Estado. Segundo um analista “existe uma leitura ainda difusa, mas crescente, de que Flávio Dino representa a proposta política de Jackson Lago para Imperatriz”.
Se a eleição para o governo fosse agora, os candidatos do grupo Sarney perderiam com larga diferença. Mas eles também atrapalham os aliados locais na disputa de 2012 pelo governo municipal. Segundo a pesquisa, 58% dos eleitores de Imperatriz dizem que não votam de “jeito nenhum” num candidato a prefeito apoiado pela governadora Roseana Sarney.
Os dados da pesquisa confirmam que Imperatriz continua mantendo uma postura oposicionista ao grupo Sarney. Nas eleições para o governo, ano passado, Roseana Sarney obteve 14,18% dos votos contra 11.5% dados a Flávio Dino e consagradores 73% a Jackson Lago.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE O ENEM

Mateus Prado


Educador analisa o Enem, os vestibulares e o ensino brasileiroRespostas para principais dúvidas após resultado do Enem. Pelas redes sociais, alunos não entendem notas. Veja o que explica algumas pontuações.
O Ministério da Educação não divulga a pontuação atribuída a cada questão, mas apenas a nota geral de cada candidato por área. Segundo o governo, a Teoria da Resposta ao Item dá margem para o que é, na verdade, falta de transparência. Algumas das dúvidas mais frequentes colocadas no twitter, no entanto, podem ser respondidas ao menos parcialmente. Veja exemplos:

@Thaynaferreiira
o ano passado os acertos da minha mãe foram menos e a nota foi boa e esse ano ela acertou mais e a nota foi baixa, pq?
Em 2011 a prova do ENEM foi mais fácil que no ano anterior. Como a nota é calculada pela distância entre os acertos de cada aluno em cada área para a média de acertos dos candidatos concluintes do ensino médio, e todos acertaram mais questões este ano, a nota da sua mãe pode mesmo ser menor apesar do aumento de acertos.

@valeska_ili

alunos de escola pública tem "bônus" no ENEM?
Algumas Universidades promovem programas de inclusão, como bônus ou cota para alunos de escolas públicas e/ou afrodescendentes.

@guicanesin

tem como pedir revisão da nota?
Infelizmente, e injustamente, o MEC não aceita revisar as notas do Enem. Todo ano a correção de Redação provoca polêmica.

@JoFernandes_ Joab

como fazer pra calcular a média no Enem?
Em geral, as Universidades somam as notas e dividem por 5, mas algumas podem dar peso maior para algumas das provas ou para a Redação. É necessário esperar o Sisu e postar seus dados para ver cálculo.

@KAAH_OLIVEIIRA

Como se calcula o Peso 2 da redação?
Se a sua universidade, ou seu curso, vai dar peso 2 para a redação, some a nota das 4 provas mais duas vezes a nota da Redação e divida por 6.

@VePavanelli

Como saber claramente se fomos aprovados ou não. No meu caso quero saber a nota para conclusão do ensino médio. Obrigada!
Quem fez o ENEM para conseguir um Certificado de Conclusão do Ensino Médio precisa de nota mínima 400 em cada prova objetiva e mínima 500 na Redação. Se não conseguiu estas notas mínimas em qualquer prova, ou na Redação, poderá tentar outra vez no próximo ENEM.

@RayannaAF

Como pode eu fazer 40 questões em linguagens e tirar 658.2???
A nota do ENEM é calculada por desvio padrão. Para os alunos que acertam, em uma área, o mesmo número de questões que a média dos alunos concluintes do Ensino Médio, a nota é 500. Como em Linguagens os candidatos acertam mais questões que nas outras provas, cada questão acertada a mais que a média tem peso menor. É bom lembrar que nenhum aluno fará nota 1000 em uma prova, a não ser na Redação.

@rhupereira

Para conseguir bolsas, descontos e outros é preciso ter quanto na nota do Enem, na maioria das vezes?
Ainda não dá pra sabermos qual nota é boa, mas o aluno precisa pelo menos estar acima da média de acertos, que é a nota 500.

@doug_lourenco

quando começam as inscrições para o Sisu e para o Prouni?
O Governo está tentando fazer uma agenda positiva, principalmente por causa da saída do Ministro da Educação para concorrer à prefeitura de São Paulo. Por isto, as notas, que estavam previstas para dia 4 de Janeiro, saíram adiantadas. As inscrições para o SISU começam segunda feira, dia 26/12. A expectativa, agora, é que o Prouni abra inscrições na primeira quinzena de Janeiro.

@AmandiiFrei

as notas de corte desse ano devem ser similares às do ano passado?
O aumento de mais de 20 mil vagas disponíveis, este ano, no Sisu e a prova mais fácil, que fez cairem as notas médias, indicam que este ano teremos notas de corte menores. É importante o aluno lembrar que quase metade de quem passa na primeira chamada não vai fazer inscrição e que ele poderá ser aprovado em outras chamadas com notas bem menores que as de corte.

@PsychoForOption

Não posso usar o Enem do ano passado pra concorrer a vagas esse ano, né?

O MEC prometeu varias vezes, mas ainda não permite usar notas anteriores para concorrer no Sisu e no Prouni. Para o Sisu que abre segunda feira, dia 26, por exemplo, só será aceita a nota do Enem deste ano.

@Brehdu

qual o critério de correção das redações? Conheço pessoas ótimas em redação que tiraram média baixa.
Considero que os critérios para correção da redação ainda são bastante subjetivos, e muita gente que faz um bom texto recebe nota baixa. O MEC precisa ter critérios objetivos para a correção da redação para que ela deixe de prejudicar milhares de alunos que depositam seus sonhos na prova do Enem. Tenho um artigo explicando melhor o que seria mais justo, e pedagógico, na correção da Redação em uma das minhas colunas no IG Educação. Sugiro que leiam o artigo e tirem suas conclusões.

@MaylonToni Maylon Toni Ferreira

Onde eu devo comparecer para pegar o certificado do Ensino Médio?

Você deve procurar a instituição certificadora mais próxima de sua casa. Faça isto rápido, por que com esta nota tambem da pra concorrer a uma vaga no Prouni e/ou no Sisu. Se conseguir uma vaga vai precisar deste certificado para a matricula.

@yuribarreira yuri barreira
se eu acertei mais questões em ciências humanas que em matemática pq minha nota de matematica esta maior?
A nota do Enem é calculada pela distância da média de acertos dos alunos concluintes do ensino médio. Como em Matemática estes alunos têm uma média de acertos menor do que em Humanas, cada questão que você acerta a mais tem um peso maior no cálculo. É uma conta difícil, feita por desvio padrão. Quando o MEC anunciar a maior nota de cada matéria, você verá que a maior nota de Matemática será superior a maior nota de Humanas, mesmo que nos dois casos os alunos acertem 45 questões de cada prova. Você também verá que nenhum aluno atingirá nota máxima 1000.

@Thaynaferreiira

e se no caso a pessoa não conseguir 400 em só em uma prova e passar nas outras e na redação, ele não ganha o certificado?
Se não conseguir o mínimo de 400 em qualquer uma das provas, ou 500 na Redação, não tem direito de requerer o Certificado do Ensino Médio. Terá que tentar em outras edições do ENEM.

@beatraetta_ b ¿
repeti de ano na escola por matemática, e no enem tirei 733 em matemática, será que adianta levar lá pra me passarem? rs
Certamente sua escola cobrou de você, em Matemática, muito mais do que os conteudos necessários para esta etapa da educação. Sua nota, bem acima da média nacional, demonstra que você está apta a seguir em frente no Ensino Superior, até mesmo em cursos de exatas. Isto é uma herança dos vestibulares tradicionais, que exageram nos conteúdos e acabam pautando o que é ensinado no ensino médio. Ou então você faltou demais nas aulas e não contou pra gente nestes 140 caracteres.

@Maanu_L EmanuellyAbrantes

Queria saber se realmente haverá enem em Maio? Ou só são especulações?

O MEC anunciou que em 2012 teremos duas edições do ENEM e que a primeira será no último final de semana de Abril.

@Meerks

por que esse ano as notas estão tão baixas? Conversei com várias pessoas e todas foram mal.

É simples. A prova de 2011 estava bem mais fácil que a de 2010. As notas divulgadas hoje não são absolutas, são calculadas por desvio padrão. Quando um aluno acerta o mesmo número de questões que a média dos concluintes do ensino médio, ele tira 500 naquela prova. Cada questão que ele acerta a mais faz a nota aumentar. Com a prova mais fácil, a média de acertos foi maior, e aí sobram menos questões para serem acertadas entre a média e total (45) de questões. Com a prova mais fácil, a notas caem, e não o contrário como ocorre em provas em que a nota é proporcional aos acertos absolutos.

Lembre que a nota nas 4 provas objetivas não é uma escala de 0 a 1000, mas sim um cálculo de sua distancia para a média de acertos dos alunos concluintes do ensino médio. A média, que o Enem estabelece como 500, não é acertar metade das questões da prova e é diferente em cada uma das áreas. Ela pode, por exemplo, ser 16 em Matemática, 17, em Natureza, 19 em Humanas e 23 em linguagens.

@catu_lima Maurício Catureba Li

vc sabe onde eu encontro as notas de corte do sisu do ano passado?

O MEC não divulga oficialmente as notas de corte. Em geral, só quem sabe é o último colocado, na primeira chamada, de cada um das centenas de cursos disponíveis. E mesmo que alguém conseguisse reunir todas estas informações não há possibilidade de usar as notas de corte do ano passado como parâmetro.

Esta coluna do IG Educação resondeu mais do twitter na quarta-feira à noite, em víde: Assista

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Deficit habitacional no Brasil é de 5,5 milhões de moradias

Mais de 5,5 milhões de moradias precisam ser construídas em todo o País para acabar com o deficit habitacional, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad) 2008, utilizados pelo Ministério das Cidades. Lançado em 2009 e ampliado em março do ano passado, o programa Minha Casa, Minha Vida pretende construir ou reformar três milhões de moradias até 2014 para famílias com renda mensal de até dez salários mínimos.
A Medida Provisória 514/10, do Executivo, alterou as regras do programa e estabeleceu concessão prioritária de financiamento a famílias chefiadas por mulheres, desabrigadas ou que residam em áreas de risco e insalubres. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 22 milhões de famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. Esse valor representa 35% das famílias em 2009, contra 27% em 2001.
As favelas e áreas em situação de risco abrigam 2,2 milhões de famílias, de acordo com a Pnad. Desse total, 77,7% são famílias que recebem até três salários mínimos. De acordo com o Ministério das Cidades, as novas unidades habitacionais construídas no âmbito do programa estarão necessariamente localizadas fora de áreas de risco. Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, de novembro de 2010 a março de 2011, 203 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas em todo o País.
A Região Sudeste, a mais populosa do Brasil, concentra 36,9% do total do deficit habitacional do País, ou 2,05 milhões de moradias, seguida pela Região Nordeste, com o segundo maior deficit: 1,96 milhão de domicílios, ou 35,1% do total. Comparada às demais regiões, a Região Norte apresenta o maior percentual em termos relativos – o deficit de 557 mil unidades habitacionais corresponde a 13,9% dos domicílios da região.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Agropecuária ameaça cerrado e Amazônia no PA e MA, diz IBGE

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo

Novos mapas que mostram a vegetação e uso da terra divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a atividade agropecuária como predominante nos estados do Sergipe, Maranhão e Pará, sendo os dois últimos inseridos na Amazônia Legal, e apontam ainda ameaças ao cerrado e à floresta amazônica devido às atividades humanas.
A representação faz parte de uma série temática produzida pelo instituto que mostra os recursos naturais de todos os estados da Amazônia legal, elaborados a partir de informações obtidas em trabalhos de campo e imagens de satélite até 2010.
Segundo o levantamento, a área de cerrado no Maranhão, inserida dentro da nova fronteira agrícola (perto das cidades de Balsas e Fortaleza de Nogueira), perdeu 24,1% de sua cobertura vegetal desde a década de 1980 devido à atividade agropecuária (pastagens plantadas e lavouras de soja). A área original de 74.288 km² foi reduzida para 57.130 km².
“O perigo maior é onde essas plantações estão acontecendo. Historicamente, o cerrado maranhense na região centro-oeste do estado já era ocupada pela pecuária extensiva, que foi acrescentada pela cultura da soja. Mas agora, existe perigo porque as plantações estão ocorrendo em áreas de chapadas no sul do Maranhã, onde estão as nascentes de rios”, disse Pedro Bezerra, gerente de Recursos Naturais do IBGE.
“Se acontecer a ocupação no topo das chapadas, a água das chuvas ficará impedida de penetrar no solo, diminuindo o fluxo dos rios e provocando escoamento superficial, que resulta na erosão”, complementa.
Floresta
Outra consequência da ocupação do solo é a redução das áreas de floresta. Segundo o IBGE, atualmente restam 31% da cobertura vegetal densa original (19.707 km²). Entretanto, da área primitiva de floresta aberta na região, quando as árvores estão mais espaçadas e são mais baixas, resta apenas 0,09%. “Onde tinha esta área de floresta, agora há plantações de babaçu, cujo óleo é extraído e utilizado pela população”, disse Bezerra.
A pecuária também está presente em 60% do estado do Sergipe, com foco na cultura de animais de grande porte (bovinos), associada a lavouras de milho, que, segundo o instituto, ocupam grandes extensões do território sergipano nas suas porções central e oeste.
No Pará, o mapa de cobertura e uso da terra apontou que em 19% da área total do estado ocorrem atividades agrícolas, sendo que se destaca a pecuária (187.308 km², o equivalente a 15,2% do estado, considerado o maior criador de búfalos do país e quinto maior produtor de bovinos, segundo o próprio IBGE.
Essas atividades ocorrem, principalmente, no eixo de rodovias como a BR-230 (Transamazônica), BR-163 (Santarém-Cuiabá), BR-010 (Belém-Brasília), além de estradas estaduais.
“A atividade está consolidada na região sudeste do estado, como nas regiões de Redenção e São Félix do Xingu”, disse Joana D’arc Carmo Arouck, engenheira florestal e supervisora regional de uso da terra do IBGE.
As duas cidades citadas estão inseridas no chamado “arco do desmatamento da Amazônia” e foram colocadas na lista dos municípios que mais desmatam o bioma, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Redenção, cidade do Pará, perdeu grande parte da cobertura vegetal por conta da atividade Pecuária. A cidade tem registrado focos de queimada neste mês em áreas preservadas devido à estiagem. Outras cidades paraenses (Altamira, Novo Progresso e São Félix (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Redenção, cidade do Pará, perdeu grande parte da cobertura vegetal por conta da atividade Pecuária. A cidade tem registrou focos de queimada em 2011 em áreas preservadas devido à estiagem, assim como outras cidades paraenses com (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Pressão
Segundo o IBGE, 77,3% da área do estado é coberto por vegetação natural, sendo que 73% (o equivalente a 909.061 km²) é área de floresta amazônica.
“Deste total de florestas, 57,09% estão em áreas especiais, como terras indígenas e unidades de conservação. São áreas consideradas protegidas, porém, em sua volta, principalmente nas regiões sudeste e sudoeste do estado, já percebemos atividades agropecuárias”, explica Joana D’arc.
Ainda de acordo com o IBGE, 20% do total de florestas ainda não foram classificadas como áreas de proteção e já sofrem pressão pelo avanço das atividades humanas.
“Existe uma ameaça, mas temos que lembrar que o homem precisa consumir para viver. O que queremos ressaltar é a necessidade de haver um manejo sustentável, uma compatibilização entre o ecossistema social e ambiental”, explica.
“O mapa de uso da terra é fundamental para observarmos as mudanças da cobertura florestal e monitorarmos a questão do conflito agrário, existente na região”, complementa a supervisora do instituto.
(Globo.com)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

OS 10 PECADOS CAPITAIS DO GESTOR PÚBLICO

Autor: Sérgio Roberto Bacury de Lira
Este artigo é resultado de uma palestra proferida para os alunos do Curso de Gestão de Órgãos Públicos da UNAMA, no último dia 22 de outubro, na disciplina ministrada pelo Prof. Lucival Teixeira. A temática abordada procura mostrar como os gestores públicos – aqueles que dirigem os órgãos públicos, indistintamente do grau hierárquico de sua função – ainda vêm se comportando e tomando as suas decisões gerenciais mesmo após a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000).
O tema procura fazer uma analogia, por um lado, aos princípios dos 10 mandamentos contidos na Bíblia, no sentido de que o não atendimento de qualquer um desses princípios levaria o homem a cometer um pecado e, por outro lado, à definição do que a religião entende por pecado capital – é assim chamado por dar origem a inúmeros outros pecados e se constitui na raiz de onde brotam vários outros vícios.
A idéia básica contida neste artigo é a de que uma adequada gestão pública tem que se apoiar nos seguintes pilares: planejamento, transparência, controle e responsabilidade. Estes também são os pilares que balizam a Lei de Responsabilidade Fiscal. Evidentemente que além desses princípios ainda é imprescindível que o gestor atue com ética, o que balizará o seu comportamento perante à sociedade que representa.

1º Pecado - O gestor público não programa as suas ações de forma planejada, mas sim as concebe no dia-a-dia, conforme a urgência de cada situação.
Qualquer ação requer planejamento, sob pena de não se alcançar a meta pretendida. No setor público isto é imprescindível, pois as demandas da sociedade em geral são maiores do que a capacidade de atendimento do estado. A Lei de Responsabilidade Fiscal trata esta questão de forma especial, obrigando o gestor público a adotar mecanismos que garantam efetivamente o exercício do planejamento. Para tanto, condiciona com que a ação pública seja planejada através dos seguintes instrumentos legais: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Como esses instrumentos se transformam em documentos formais, inclusive exigidos pelos Tribunais de Contas, são elaborados de acordo com o que exige a legislação. Ocorre que por si só não garantem com que a ação pública seja efetivamente realizada de forma planejada. O que ocorre no dia-a-dia de um gestor público, principalmente na esfera municipal, é que a sua ação não é balizada ou apoiada no que está contido nesses instrumentos, ou então que a sua ação somente seja iniciada após a verificação de que a mesma faça parte da sua programação contida nesses instrumentos. O gestor público normalmente vai fazendo acontecer as coisas de acordo com o que está contido na sua cabeça ou dependendo da emergência da situação, e depois a sua área técnica ou o escritório de contabilidade é que dêem o jeito para enquadrar essas ações nesses instrumentos, de forma tal que pareça que foi programado antecipadamente de acordo com o espírito da lei, e que não dê motivos para punição por parte dos Tribunais de Contas.
2º Pecado - O gestor público não dá importância ao orçamento público, concebendo-o como entrave burocrático à sua administração.
Nenhuma pessoa consegue planejar e/ou efetivar seus gastos sem possuir um orçamento. Assim ocorre também no setor público. A legislação exige que para cada despesa a ser realizada ela tem que estar programada no orçamento. O orçamento, todavia, não se resume apenas à disponibilidade financeira que o gestor público possui naquele exercício, mas diz respeito à sua programação de trabalho. Hoje, não é mais possível iniciar novos projetos sem que estes estejam contidos no orçamento, da mesma forma que não se pode incluí-los no orçamento sem que o gestor comprove que isto não afetará a continuidade dos que já se encontram em andamento. Aliás, nada disto será permitido se o gestor não comprovar que a inclusão desses novos projetos não afetará também as despesas de manutenção e conservação do patrimônio público.
Por conta disso e de outras normas legais (como os limites mínimos de despesas em diversas áreas), o gestor público cria uma verdadeira aversão pelo orçamento. O orçamento nunca é visto como um instrumento que pretende organizar e facilitar a ação do gestor, mas sempre como um entrave à sua administração. Procedimentos necessários para que se ocorra a autorização de qualquer despesa no setor público, como a verificação de disponibilidade orçamentária e financeira, são vistos como burocráticos e desnecessários. O gestor público efetiva as despesas e somente após o recebimento das notas fiscais é que a contabilidade procede o seu empenho e a conseqüente inserção da mesma no orçamento. Em vez da despesa ocorrer na seqüência empenho-liquidação-pagamento, na prática ocorre na forma inversa: pagamento-empenho, deixando de ter sentido a fase da liquidação. E, algumas vezes, somente após isto é que se procede as suplementações orçamentárias. Isto ocorre sobretudo na esfera municipal, face a inexistência de um sistema que obrigue o cumprimento das fases da despesa. Se dependesse da vontade de alguns gestores públicos, o documento que contém o orçamento seria literalmente rasgado.
3º Pecado - O gestor público não gosta de descentralizar decisões, pois entende que isto significa perda de poder.
O fundamento básico de uma administração eficiente é que esta funcione de forma integrada, compartilhando decisões entre os seus membros, dado o princípio do planejamento estratégico. Na administração pública não se trabalha sozinho, decorrendo o resultado de qualquer ação governamental da ação coletiva de um conjunto de pessoas ou, no mínimo, de uma determinada equipe de trabalho. Ocorre que as decisões não são totalmente descentralizadas em sua estrutura hierárquica, visto que para o gestor público descentralizar significa transferir o poder da decisão para outrém, ou seja, significa perda de poder político.
Como, em geral, o gestor público procura garantir a sua sobrevivência através do poder político, ocorre que, além de normalmente as decisões políticas se sobreporem sobre as decisões técnicas, em inúmeras situações acaba o gestor concentrando também as decisões técnicas, dificultando a eficácia operacional da sua própria administração.
4º Pecado - O gestor público não investe em capacitação e nem tampouco busca as melhores referências profissionais. O seu foco é político e não técnico.
Uma administração eficiente precisa contar com os melhores profissionais. Um gestor precisa e deve compor a sua equipe de trabalho com pessoas que vão lhe ajudar tecnicamente da forma melhor possível. Existe um provérbio de que um administrador inteligente é aquele que compõe a sua equipe com pessoas mais inteligentes do que ele, pois isto lhe possibilitará assimilar mais conhecimentos.
O que ocorre, na prática, é que a maioria dos gestores públicos procura formar a sua equipe de trabalho a partir de um critério político e não técnico. Em geral, os gestores procuram abrigar nos cargos existentes pessoas que fazem parte do seu grupo político, não procurando trazer para a gestão pública as melhores referências profissionais existentes no mercado. Além do mais, não procuram investir em capacitação e reciclagem profissional, pois normalmente entendem que isto se constitui em despesa (desnecessária) e não em investimento para a melhoria do atendimento do setor público. Como conseqüência, a administração pública evidencia-se ineficiente e sem compromisso com a qualidade dos serviços prestados à sociedade.
5º Pecado - O gestor público tem receio de ser transparente, pois teme ser questionado sobre as suas ações.
Com a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal, tornou-se obrigatório o exercício da transparência das ações desenvolvidas por qualquer gestor público. A gestão fiscal – controle das receitas e despesas públicas, deve ser acompanhada pela sociedade, devendo os gestores públicos disponibilizarem as informações relativas às receitas e gastos efetuados através de publicação e divulgação, inclusive por meio eletrônico.
Até a presente data são raros os casos de divulgação das informações fiscais por parte da administração pública. Em geral, no final de cada exercício são publicados relatórios resumidos de execução orçamentária, mas em uma linguagem técnica que nenhum leigo no assunto consegue entender. Na verdade, não há interesse dos gestores públicos em disponibilizar essas informações de forma desagregada e por períodos contínuos, pois isto permitirá com que os segmentos organizados da sociedade possam avaliar criticamente a sua administração. Em suma, os gestores não se esforçam para serem transparentes no trato da coisa pública.
6º Pecado - O gestor público não tem o hábito de socializar informações e de utilizá-las em sua estratégia de ação.
A informação é a base do conhecimento humano. Na gestão pública a informação é de fundamental importância para a tomada de decisões. Do ponto de vista técnico, tomar uma decisão sem que esta esteja balizada por informações acerca da situação, resultará em uma ação ineficaz. É como se fosse necessário ex-ante uma fotografia da situação, para que a partir de sua análise minuciosa sejam tomadas todas as decisões técnicas e/ou políticas.
Devido a falta de uma ação planejada, e às vezes em decorrência da deficiência técnica da equipe de trabalho, não são produzidas informações para a tomada de decisões na gestão pública. Em geral, não se produzem indicadores de avaliação e desempenho e, mesmo quando existem não são utilizados como parâmetros de condução da coisa pública. Isto dificulta o acompanhamento da gestão administrativa por parte da sociedade, pois as informações não são disponibilizadas nem tampouco socializadas para todos.
7º Pecado - O gestor público fica tentando inventar a roda, quando poderia aperfeiçoar e adequar para a sua realidade situações já existentes.
A demanda da sociedade por ações concretas do setor público em prol da melhoria da qualidade de vida exige, sobretudo, criatividade. A inovação e o aperfeiçoamento tecnológico é vital no setor privado, pois nesse setor o conhecimento e o domínio tecnológico condicionam a competição entre as empresas. No setor público, entretanto, não existe essa preocupação. Para os gestores públicos o importante é que existam condições concretas para que as ações efetivamente ocorram.
Todavia, nessa ânsia de fazer as coisas acontecerem e, principalmente, de serem inéditos em sua ação, não buscam conhecer e adequar para a sua realidade situações ou ações já implementadas em outros lugares e por outros administradores. Ou então, quando conhecem essas experiências, procuram não copiá-las ou adotá-las em sua administração, visto que isto poderia significar falta de iniciativa política. Por conta disso, ficam tentando inventar a roda, quando na maioria das vezes a roda já foi inventada.
8º Pecado - O gestor público ainda não acredita que será punido se cometer erros ou prejuízos à sociedade.
A Lei de Responsabilidade Fiscal introduziu novos conceitos na administração pública, principalmente no que diz respeito ao binômio probidade/eficiência. Em outras palavras, explicitou a necessidade de que a ação pública ocorra baseada nos princípios da moralidade, do combate à corrupção, e do alcance de resultados concretos. Para tanto, introduziu também mecanismos de punição para os maus gestores ou gestores ineficazes do ponto de vista administrativo.
Ocorre que mesmo depois da existência dessa Lei ainda predomina o sentimento da impunidade para o gestor público. Na prática, pelo simples fato de que cometer erros ou prejuízos à sociedade não leva ninguém para a cadeia, faz com que o gestor não se preocupe com a justiça, nem mesmo com os Tribunais de Contas. Além do mais, quando um político é reconduzido ao poder por meio do sufrágio universal mesmo depois de ser acusado publicamente por atos ilícitos, isto estimula e reforça o sentimento da impunidade, dificultando a existência de gestores com condução administrativa e política correta.
9º Pecado - O gestor público administra a coisa pública como se fosse uma administração doméstica e baseada em contabilidade de botequim.
A ausência de planejamento na gestão pública, assim como de decisões descentralizadas, de trabalho em equipe, e de outros procedimentos basilares de qualquer administração, faz com que o gerenciamento da coisa pública ocorra como se fosse uma administração doméstica. O gestor conduz o setor público como se estivesse gerenciando a sua própria casa, não vendo necessidade de prestar esclarecimento às outras pessoas, ou seja, à sociedade.
Por outro lado, por falta de planejamento e controle nas despesas públicas, e até mesmo por não utilização de, no mínimo, um cronograma de desembolso financeiro mensal, ocasiona com que a contabilidade seja igual a de um botequim, isto é, tudo que entra de receita sai automaticamente como despesa, incorrendo com que nos períodos em que a receita é menor surjam inúmeros problemas para a quitação de dívidas junto aos credores.
10º Pecado - O gestor público não se preocupa em ser responsável do ponto de vista legal, mas sim em ser eficiente do ponto de vista político.
A Lei de Responsabilidade Fiscal só permite que o gestor público não cumpra as determinações impostas para a contagem de prazos, os valores mínimos a serem investidos, o pagamento da dívida pública, o valor máximo permitido com a folha de pagamento de pessoal, o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho, quando ocorrer uma calamidade pública, estado de defesa ou de sítio. Não existindo essas situações, é dever do gestor administrar a coisa púbica com probidade, seriedade, competência e eficiência.
Todavia, o gestor público não está preocupado em ser responsável sob o ponto de vista da legislação, pois dentre outros motivos isto condicionará com que ele se sinta limitado e impedido de conduzir as suas ações da forma como deseja e age. A sua intenção é ser eficiente do ponto de vista político, pois atendendo aos apelos e à demanda manifestada por seus pretensos eleitores, garante-lhe a possibilidade de recondução e sobrevivência política.

A existência desses pecados capitais não incrimina o papel desempenhado pelos gestores públicos, da mesma forma que a existência de pecados na Bíblia não condena o ser humano a ser um eterno pecador. Na verdade, tanto lá quanto cá, a sua existência é a certeza da possibilidade de que a qualquer momento alguém poderá cometer um pecado. O gestor público, de espírito tão frágil como qualquer ser humano, sempre está propenso a cometer, pelo menos, um desses pecados. Aliás, quem já não cometeu algum desses pecados? Portanto, qualquer semelhança não é mera coincidência.
__________________

( * ) - Professor de Economia da UFPª, Doutorando em Economia, Diretor Regional Norte da Federação Nacional dos Economistas (FENECON) e recém eleito Conselheiro Efetivo do Conselho Federal de Economia (COFECON).

Transparência nas Decisões do Gestor Público

Autores: Flávio da Cruz, Orion Augusto Platt e Sérgio Murilo Petri.

O gestor público enfrenta um período de mudanças inéditas na história da administração pública brasileira. A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe uma série de novidades em relação à outras leis no setor público. São novidades que afetam fortemente a liberdade da ação das autoridades governamentais no que se refere à utilização dos recursos públicos.
O objetivo deste artigo é apresentar alguns desafios do processo de decisão diante da legislação e como o gestor público pode se beneficiar da utilização de uma metodologia de apoio à decisão para legitimar, justificar e tornar transparentes suas ações.
Em se tratando do setor público, ocorre o que foi chamado de "processo de decisão política". Este processo envolve autoridades governamentais, cidadãos, empresários, membros partidários, entre outros. Isto porque as decisões do gestor público afetam direta ou indiretamente toda a sociedade.
Via de regra, os gestores públicos, eleitos e nomeados, na figura de governadores, prefeitos, secretários, etc., sofrem pressões de diversos agentes com interesses determinados. Por este motivo, as decisões políticas não costumam considerar aspectos puramente técnicos, embora estes ainda se mantenham essenciais na busca de soluções eficientes.
O ponto em que chegamos é que as orientações do governo e as decisões tomadas têm profundo reflexo no uso de recursos públicos, ou seja, nos planos e orçamentos da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, além de todas as empresas, autarquias e fundações sob o comando público estatal.
No que se refere à utilização dos recursos públicos, a legislação representa um fator importante de controle e limitação na atuação do gestor público. Como no caso da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que tem a finalidade de servir como um código de conduta no uso dos recursos públicos, atribuindo maior responsabilidade aos gestores.
No sentido de melhorar a compreensão do processo decisório por parte daqueles que estão decidindo, surgiram algumas metodologias práticas. São as metodologias multicritério de apoio à decisão (MCDA – Multicriteria Decision Aid), capazes de lançar luz sobre a "caixa preta" do processo decisório.
Para isto, a metodologia auxilia a identificação das pessoas e grupos envolvidos na decisão, seus valores e objetivos. A partir da organização dos aspectos fundamentais da situação, podem-se identificar as alternativas que melhor atendam as expectativas dos envolvidos.
Tal metodologia encontra uma aplicação relevante no atendimento à lei e às expectativas populares no que se refere à transparência, considerada um princípio de gestão. O art. 48, parágrafo único, da LRF diz que: "a transparência será assegurada também mediante à participação popular e realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos".
O constrangimento do gestor público pode ser grande se deparado com questionamentos sobre suas decisões e os reflexos nas contas e nos serviços públicos, buscando sua responsabilização. Para o gestor que quiser praticar a transparência e legitimar suas ações perante grupos de interesse, como funcionários, empresários e cidadãos, a MCDA é uma ferramenta útil para esclarecer as pressões, sejam elas legais, salariais, políticas, etc.
A produção de pesquisas e aplicações dos temas abordados encontram uma série de trabalhos na UFSC. Destacamos os trabalhos do LabMCDA em multicritério de apoio à decisão, e do Núcleo dos Indicadores Contábeis Brasileiros em controle e gestão pública.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O PARLAMENTO ABSOLVE OU CONDENA O RÉU CONFESSO?

A cidade de Codó nesta segunda-feira, 05 de dezembro de 2011 será marcada por uma data histórica. Será o dia D para o Parlamento Municipal: a votação para selar o destino político do ex-prefeito Biné Figueiredo.
O que está em jogo não é apenas a questão política propriamente dita, que venha favorecer o réu confesso, mas, sobretudo, uma questão Ética. Ética na política para que haja sobrevivência dos atuais parlamentares no futuro. A comunidade codoense está acompanhando todo o desenrolar desse processo e, sem dúvida nenhuma, se manifestará. Tal manifestação terá repercussão sobre os parlamentares que estiverem pensando em absolver o réu confesso. A Casa Legislativa será tomada por uma multidão como nunca dantes visto na sua História! Ninguém quer deixar de testemunhar um fato inolvidável, afinal, a votação será aberta! A reforma do Regimento Interno propiciou essa novidade e, neste sentido, quero parabenizar todos os parlamentares por essa importante modificação.
Todos os Parlamentares - sem exceção – serão julgadores e julgados posteriormente. O ato penitente de votar em aberto pela absolvição e/ou condenação do ex-prefeito Biné Figueiredo revela, na verdade, ainda, a possibilidade de determinado parlamentar estabelecer previamente seu voto dependendo do dialogo com a parte interessada na questão em pauta. Contudo, tal atitude lhe conferirá morte instantânea politicamente falando. Pois, entendo ser fundamental a necessidade da independência do voto do Parlamentar!
A nossa Historia demonstrava que, enquanto o voto exercido pelo Parlamentar era uma prerrogativa oculta e, isso, certamente, o beneficiava e, ao mesmo tempo, provocava uma polêmica, inclusive, colocando em xeque outros parlamentares idôneos. Pois, quando se fazia a conferencia da votação sempre aparecia um voto estranho a mais ou a menos na aprovação de uma determinada matéria. A partir do voto em aberto isso definhou para sempre! O fator mais importante agora é a transparência do voto!
Agora, o Parlamento Municipal vive um novo ciclo com ares de democracia e transparência. E isso, será determinante para que esses instrumentos sejam, efetivamente, consolidados. No entanto, é necessário que o Parlamento Municipal analise a questão sob a óptica da decência e da moral, da honestidade e da imparcialidade. O que está em jogo não é meramente a vontade de um politiqueiro que já comprovadamente é um corrupto e corruptor. Codó não precisa mais dessa forma de se fazer política, Codó merece respeito e dignidade, precisa de homens verdadeiramente com espírito público, com um passado limpo, não com uma história associada à corrupção imanente. Codó não precisa mais ser submetida a um processo escandaloso de apropriação indébita do erário público; não necessita mais ser submetida a um estado de terrorismo, violência, vigilância da guarda municipal (que comparo à GESTAPO de Hitler!), Codó precisa sim, se firmar como uma cidade que restabeleceu o principio da democracia, o sentido da liberdade e da justiça social; Codó não quer ser agressiva e violenta, deseja que a paz permaneça e que nenhum de seus filhos vivam sobressaltados sem norte, sem perspectiva e sem esperança de dias melhores. Codó sem dúvida nenhuma vive um de seus melhores momentos! Por que retroceder!?
A cada um dos 11 Parlamentares que hoje compõem a Casa Legislativa faço um chamamento para avaliar bem o ato que representará um novo marco na história codoense e na sua. Nesse processo o Parlamentar terá a oportunidade de se redimir, de mostrar sua face e seu compromisso com aquilo que pressupõe ser a limpidez democrática e a destituição da imoralidade de quem gerencia a coisa pública, será um momento impar não apenas para o Parlamento Municipal e, sim, para a nossa cidade.
A caricatura retrata uma deformação. Creio que o Parlamento Municipal não seja uma caricatura e, por conseguinte, demonstre para o povo codoense sua total isenção e independência em relação às pressões tanto internas quanto externas e vote com serenidade preservando os valores morais, éticos, decentes e políticos.
Finalizo essa reflexão chamando os 11 Parlamentares para agirem com sensatez e hombridade. E convoco o povo codoense para comparecerem à Casa Legislativa nesta segunda-feira, para acompanhar de perto todo o processo de votação!
O futuro de Codó pressupõe antes de tudo, na arena política homens com dignidade, sem maculas, comprometido com o desenvolvimento social e que não seja corrupto. Codó clama pela continuidade de uma cidade cidadã.
(Texto de Jacinto Pereira, Secretário de Educação do Município de Codó-MA)

sábado, 3 de dezembro de 2011

MPX reabre inscrições para curso gratuito para formação de Operadores e Mantenedores de Termelétrica

A MPX, empresa de energia do Grupo EBX, de Eike Batista, em parceria com o Senai, está reabrindo as inscrições para o Programa de Qualificação Profissional para o Complexo Termelétrico Parnaíba, que está sendo construído em Santo Antônio dos Lopes, interior do Maranhão. Estão sendo oferecidas 35 vagas no curso gratuito para formação de Operadores e Mantenedores de Termelétrica.
 As inscrições acontecem de 7 a 9 de dezembro, na cidade de Codó (MA), no prédio da Associação Comercial e CDL, que fica na Travessa Rotary Clube, 627, no  Bairro São Benedito. O curso será realizado em Codó e terá duração de cinco meses, com aulas de segunda-feira a sábado.
Para concorrer a uma vaga, é necessário ter o ensino médio técnico concluído ou em conclusão até dezembro deste ano, nas áreas de Eletrônica, Eletrotécnica, Eletromecânica, Mecânica, Elétrica, Automação Industrial ou Química.  Também são aceitos os cursos de Ensino Médio com certificação em Aprendizagem em Mecânica de Manutenção Industrial ou Eletromecânica.
A MPX oferecerá aos aprovados uma bolsa auxílio mensal de R$750,00 durante o período de duração do curso. Mais informações pelo telefone 0800 705 1010.