quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Associação dos Procuradores de Justiça declara apoio a PEC que cria Tribunal Regional Federal com sede em São Luis

Proposta já teve parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
A Associação Nacional dos Procuradores da República(ANPR) emitiu nota técnica (nº27/2011) em que sugere a aprovação da PEC 7/2011, de autoria do Deputado Federal Lourival Mendes (foto acima) (PTdoB-MA) que cria um novo Tribunal Regional Federal, com sede em São Luís no Maranhão e jurisdição nos Estados do Maranhão,Piauí e Pará. A nota técnica é assinada pelo Presidente da ANPR, Alexandre Camanho de Assis.
‘’A ANPR sugere a provação da PEC 7/2011, por revelar-se não apenas oportuna, mas instrumento que conferirá maior celeridade a Justiça Federal, em inteiro proveito dos jurisdicionados e da cidadania’’, diz a nota. De outro lado a nota ressalta que “O Tribunal Regional Federal da 1º Região, com sede em Brasília, detêm jurisdição sobre 14 unidades da Federação, enquanto que os demais TRF´s exercem suas funções em dois, no máximo três estados.
O Deputado Lourival Mendes ressaltou que "existe uma enorme desproporção entre a quantidade de Tribunais no âmbito da União. Enquanto existem 24 Tribunais Regionais do Trabalho, são apenas 5 Tribunais Regionais Federais."
A proposição está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, já tendo parecer favorável do Relator, Deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF).
Foto: http://www.stf.jus.br

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FINALMENTE SAI O EDITAL PARA CONSTRUIR A PONTE SOBRE O RIO CODOZINHO


A Prefeitura publicou aviso de licitação para a construção da ponte sobre o rio Codozinho. A informação foi confirmada ao blogdoacelio pelo procurador-geral do município, advogado Ricardo Torres.

Abaixo, o texto do aviso, postado com ajuda do leitor, Antonio Rodrigues, à quem estendemos nossos agradecimentos.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CODÓ – MA

AVISO DE LICITAÇÃO. TOMADA DE PREÇO Nº 07/211 TP. A
Prefeitura Municipal de Codó, torna público que realizará licitação na
modalidade Tomada de Preço nº 07/211 TP, Tipo menor Preço, OBJETO:
Contratação de empresa para realizar a construção de uma ponte
em concreto armado sobre o rio Codozinho no Município de Codó/
MA de acordo com anexos ao edital.

DATA DE ABERTURA: 14/10/

2011 às 09:00 horas. AQUISIÇÃO DO EDITAL: Os interessados

poderão adquirir o edital e seus anexos em horário comercial das 08:00

às 12:00 horas, mediante o recolhimento de taxa no valor de R$ 20,00

(vinte reais), através do DAM, informações podem ser obtidas na

Comissão Permanente de Licitação pelo telefone (99) 3661-2068. FRANCISCO

DENÍLSON DE SOUZA TEODORO – Presidente da CPLCodó/

MA em 22 de setembro de 2011.

Fonte: blog do Acélio Trindade

terça-feira, 27 de setembro de 2011

MP realizará audiência pública sobre saúde em Cândido Mendes

O Ministério Público do Maranhão realiza sexta-feira (30), audiência pública sobre Saúde,em Cândido Mendes, com objetivo de garantir os direitos da população nessa área. Segundo o promotor de Justiça Hagamenon de Jesus Azevedo, a comunidade do município sofre de problemas relacionados ao meio ambiente, a criminalidade e a carência nos serviços de saúde oferecidos aos moradores da cidade.


Vista parcial da sede do município

A audiência pública sobre saúde foi anunciada pelo promotor Hagamenon Azevedo, em entrevista ao programa Estação Ministério Público Maranhão, produzido pela Procuradoria Geral de Justiça, transmitido pela rádio São Luís, freqüência 1340 khz, sempre aos sábados, das 9h às 10h. Nesse programa, também houve a participação do procurador do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o professor-doutor especialista Psicologia Jurídica, Jorge Trindade, que veio a São Luís ministrar palestra aos novos promotores na Escola Superior do Ministério Público. Doutor Trindade abordou a importância da psicologia jurídica no trabalho do Ministério Público brasileiro.
Cândido Mendes - A inexistência de um hospital com capacidade para realizar cirurgia e o controle da verba destinada para a saúde pelo prefeito do município, ao invés do secretário municipal de saúde, como reza a lei, são alguns dos problemas vividos pelos moradores de Cândido Mendes, apontados pelo promotor.
Hagamenon Azevedo pede que comunidade participe da audiência pública, na sexta-feira (30), e, fale das dificuldades encontradas quando buscam atendimento médico na cidade. “O cidadão não pode admitir ser mal-atendido. O médico deve atender o paciente de forma humanizada. Caso contrário, a pessoa deve denunciar para a Promotoria, pelo telefone (98) 3396-1143”, garantiu.
Com relação ao meio ambiente, o promotor afirma que acompanha o trabalho desenvolvido pela mineradora e pelos garimpos existentes no município, através de visitas nos locais identificando o uso de produtos químicos, a documentação das firmas, dentre outros aspectos. Essas atividades geram desenvolvimento, emprego, geração de renda, mas o promotor diz que é indispensável preservar o meio ambiente.
Criminalidade - O tráfico de drogas é o responsável pela maioria das ocorrências policiais de Cândido Mendes. Neste aspecto, o promotor lembra que a experiência adquirida em 11 anos, como delegado da Policia Civil, lhe dão segurança para identificar mais facilmente, a pessoa que comete um delito de um psicopata.
Essa distinção, segundo o professor doutor, especialista em Psicologia Jurídica, Jorge Trindade, disse ao programa Estação Ministério Público, que é fundamental para que seja apresentada, pelos promotores, uma decisão mais justa. Para tanto é necessário ter conhecimento de como funciona o psicológico de um apenado, cujos valores foram alterados após convivência no sistema prisional.
O professor, Jorge Trindade, explicou que nos Estados Unidos e Canadá, a Psicologia Jurídica Investigatória é utilizada para identificar o perfil psicológico do preso. Desta forma, é possível saber qual o delito a pessoa é capaz de cometer, ou, se trata-se de um psicopata cuja mente é voltada para o mundo do crime.
Você pode conferir a íntegra do último programa que está disponibilizado no site do Ministério Público no item boletins de áudio - Estação MP – MA 24.09.2011 Programa 17 parte única.



MP recomenda retirada de nomes de pessoas vivas de prédios e logradouros públicos de Lago da Pedra

A Promotoria de Justiça da Comarca de Lago da Pedra expediu Recomendação, em 15 de setembro, para a prefeitura do referido município fazer, no prazo de 30 dias, levantamento de todos os bens públicos aos quais tenham sido atribuídos nomes de pessoas vivas. Ao final do prazo, a relação deve ser encaminhada ao Ministério Público.
Terminado o levantamento, o município deve apresentar à Câmara de Vereadores, no prazo de 60 dias, projeto de lei que revogue as leis municipais que atribuíram nomes de pessoas vivas a bens públicos. Outra denominação deve ser dada a cada prédio ou logradouro, compatível com os princípios da impessoalidade e moralidade na administração pública.
A Recomendação também prevê que a Câmara de Vereadores aprove o projeto de lei a ser apresentado pela Prefeitura de Lago da Pedra, se o documento estiver em consonância com os parâmetros apontados pelo MPMA.
Caso a prefeitura não envie o projeto de lei no prazo estipulado, a Câmara Municipal deverá ser responsável pela elaboração do referido projeto.
Em caso de descumprimento, o MPMA tomará as medidas judiciais cabíveis. A Recomendação foi expedida pela promotora de Justiça Isabelle de Carvalho Fernandes Saraiva, que responde pela Comarca de Lago da Pedra.
No documento, a promotora de Justiça apontou inúmeros logradouros e prédios públicos do município que ostentam nomes de pessoas vivas, a exemplo de Avenida Maura Jorge, Avenida Roseana Sarney, Rua Gervásio Sales, Quadra César Bandeira, Rua Edson Lobão e Unidade Escolar Vicente Duarte Junior.

(CCOM - MPMA)



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Reforma política não muda o pleito de 2012

Antônio Augusto Mayer dos Santos prega o fim do quociente eleitoral.O advogado especialista em Direito Eleitoral Antônio Augusto Mayer dos Santos não acredita na aprovação dos temas da reforma política em debate no Congresso Nacional, como o financiamento público de campanha e o voto em lista. Os itens constam no parecer do relator da Comissão da Reforma Política, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), mas devem enfrentar resistência de bancadas com peso político e decisivas para a formação de quórum. Antônio Augusto não vê a curto prazo nenhuma mudança significativa no processo eleitoral. “Não se votará nada (na Câmara dos Deputados) que tenha possibilidade de ser revisado pelo Senado. Então, 2012 será igual a 2010”, projeta.
O advogado entende que o financiamento público de campanha não é a solução para tornar a disputa mais igualitária nem para impedir a corrupção. Ele avalia ainda que outros temas, como o fim do quociente eleitoral (cálculo que determina quais partidos e coligações terão cadeiras nos legislativos), a diminuição do número de deputados federais, a redução de oito para quatro anos dos mandatos dos senadores, o limite de gasto de campanha por cargo eletivo e a restrição de doações de bancos, seriam mais prioritários para uma real melhora do processo eleitoral.

Jornal do Comércio - A reforma política avançará? Há a expectativa de votação em novembro na Câmara dos Deputados.
Antônio Augusto Mayer dos Santos - Os itens da reforma em debate não passam porque, além das questões partidárias, o que se sobrepõe são as bancadas do Norte e do Nordeste, que são como um partido político informal. Tudo que criar ameaça ao sistema vigente vai esbarrar nestas bancadas. Elas têm a joia da coroa na mão, que é o quórum. Sem as bancadas do Norte e Nordeste, suprapartidariamente falando, não sai discussão no Congresso. Atribuo esse obstáculo ao fato de que nesses estados há uma oligarquização viciada do processo eleitoral. E há também a bancada do Sudeste, por conta de Minas Gerais e São Paulo, com um peso definitivo. Então, financiamento público, voto em lista e voto distrital vão esbarrar nessas bancadas. Além disso, essas medidas não são solução para os problemas que afligem a realidade política do País. São propostas bem-intencionadas, fundamentadas, amparadas em pressupostos respeitáveis, todavia apartados da realidade.


JC - É contrário ao financiamento público das campanhas?

Antônio Augusto - Sim. Não é garantia de preservação da igualdade das candidaturas. Minha sugestão é aumentar o rol de doadores que estão restritos, ampliar essa classificação que a lei estabelece e proibir que segmentos poderosos como bancos e financeiras participem do processo eleitoral. Uma alternativa mais sensata do que o limite de gasto de campanha através do financiamento público seria o limite de gasto por cargo (de vereador a deputado federal e de prefeito a presidente). O financiamento público como solução messiânica é mais uma ilusão. E tenho convicção de que vai ser indutivo de outros caixas. É inadmissível uma guinada tão drástica no processo de financiamento de campanha quando se tem algo já estabilizado no País, que são as doações privadas. Ou seja, eu, candidato, não posso movimentar um dinheiro meu, auferido pelo meu trabalho, para me financiar porque será proibido. Vou depender exclusivamente da boa vontade dos dirigentes do meu partido. A minha percepção de reforma política é outra. É micro, não é macro. Tem que alterar questões relacionadas ao cotidiano.

JC - O que seria a reforma política ideal?

Antônio Augusto - Em primeiro lugar, a eliminação do quociente eleitoral. Foi introduzido no Brasil em 1932, quando votavam apenas 6% da população, hoje mais de dois terços da população são eleitores. Outro fato é que temos 27 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com perspectiva de serem 32. Não podemos estabelecer a mesma realidade política da década de 1930 à realidade do terceiro milênio. O quociente não é garantia de vitória eleitoral para as minorias. Um exemplo é o caso da ex-deputada federal Luciana Genro (P-Sol), que fez 130 mil votos por um partido em ascensão, que tem bancadas em estados politizados. Em 2010, com a votação que fez, (Luciana) se sobrepôs aos três últimos deputados federais eleitos do Rio Grande do Sul. O que determinou a não reeleição dela foi o quociente eleitoral. Tenho um estudo que demonstra que, na eleição do ano passado, dos 27 estados da federação, 21 tiveram casos similares e em todos houve perda de qualidade na respectiva bancada.
JC - E além do fim do quociente eleitoral?
Antônio Augusto - Outra medida é garantir mais fiscalização nos parlamentos. A redução (do número de cadeiras) na Câmara dos Deputados e a redução do tempo dos mandatos de senadores (de oito para quatro anos) ampliariam a possibilidade de uma fiscalização mais efetiva. Hoje são 513 deputados federais, e me filio à proposta de emenda constitucional do falecido deputado Clodovil Hernandes (PR-SP), que sugeria 280 integrantes, para racionalizar a estrutura da Casa. Outro elemento vital para resgatar a credibilidade na política é a vedação da convocação de suplente no recesso.
JC - O interesse público tem esbarrado no senso de corporativismo de quem está no poder?
Antônio Augusto - Há uma necessidade de audiências públicas, onde as pessoas possam usar microfone, mandar e-mail direto para os deputados. Afinal de contas, é uma matéria de relevo imediato. Introduzida a alteração, há reflexo na eleição seguinte. Essa discussão sobre a reforma política precisa ser de domínio público, sair dos corredores de Brasília.
JC - Concorda que há falta de interesse da população nesse debate por conta da estigmatização do meio político, visto como corrupto?
Antônio Augusto - O cidadão está descrente e, além disso, tem desprezo pela política. Essa combustão é perigosa quando tratamos de mandatos, voto e eleições.
JC - Como inverter isso?
Antônio Augusto - Tornando isso visível. A primeira manifestação dessa visibilidade é a audiência pública. É um absurdo que se discuta reforma política só em Brasília e em um semestre. É um deboche estabelecer uma discussão dessa envergadura em seis meses.
JC - Qual é a solução então?
Antônio Augusto - Votar o que já se tem. Segundo, abrir as portas do Congresso e fazer com que os parlamentares viagem o País explicando o que é a reforma política. Terceiro, visitar aqueles locais onde a corrupção eleitoral apresenta índices alarmantes. O sistema dá sinais de fadiga. A ponto de o TSE ser provocado a discutir a anulabilidade de eleições em função de votos brancos e nulos. É um dado alarmante.
JC - A curto prazo, não haverá grandes mudanças?
Antônio Augusto - Não se votará nada (na Câmara) que tenha possibilidade de ser revisado pelo Senado. Então, 2012 será igual a 2010. Para 2014, arrisco o palpite quanto à eliminação das coligações para disputas proporcionais.
JC - E a lei da ficha limpa, trará resultados em 2012?
Antônio Augusto - Como está hoje, o candidato que responde a processo é elegível. Não acredito que a restrição à candidatura de alguém condenado se sustente nos pleitos de 2012, 2014, 2016...



Procuradoria do DF abre inquérito contra Novais

A Procuradoria do Distrito Federal instaurou ontem um inquérito contra o ex-ministro do Turismo, deputado Pedro Novais (PMDB-MA).
Na semana passada, ele deixou o cargo após a revelação pela imprensa de que usava funcionários pagos com dinheiro público em atividades particulares.
Novais pagou com verbas da Câmara o salário da governanta de seu apartamento, Doralice Bento de Sousa, por mais de sete anos, quando exercia mandato como deputado.
Doralice recebia como secretária parlamentar, mas trabalhava no apartamento de Novais.
O Ministério Público já pediu ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), informações sobre Doralice. A Câmara tem 15 dias para responder ao pedido.
Já o âmbito criminal, o procedimento instaurado na Procuradoria será encaminhado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Em outro caso, a mulher de Novais, Maria Helena de Melo, foi flagrada quando utilizava como motorista o servidor público Adão dos Santos Pereira, lotado no gabinete do deputado federal Francisco Escórcio (PMDB-MA).
O PSOL já protocolou representação contra o ex-ministro e Escórcio. O partido pede que a Corregedoria da Casa investigue as denúncias de vantagens indevidas envolvendo os dois parlamentares.
(Folha Online e Redação do JP)

A EXTRAORDINÁRIA ARRECADAÇÃO DESTE ANO

Valor Econômico 22/09/2011


Houve um grande alvoroço, no fim do ano passado, quando os parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso nacional elevaram a previsão de Receita da União para 2011 em R$ 22,8 bilhões. Muitos consideraram a estimativa irrealista e destinada unicamente a acomodar o aumento de gastos que deputados e senadores fizeram no Orçamento. Esta semana, o governo surpreendeu o próprio Congresso ao informar que sua nova previsão para a Receita da União é superior àquela que está na lei orçamentária em R$ 6,9 bilhões.
O "exagero" cometido pelos parlamentares na reestimativa da Receita foi um dos argumentos utilizados pelo governo para fazer um corte de R$ 50,1 bilhões nas despesas orçamentárias e, dessa forma, garantir a obtenção da meta de superávit primário deste ano. O decreto 7.445, de março, que sacramentou o contingenciamento, reduziu a previsão da Receita que está no Orçamento, de R$ 990,5 bilhões para R$ 971,4 bilhões - um corte de R$ 19,1 bilhões (ver tabela abaixo).
Outra razão para o corte de R$ 50,1 bilhões foi que, na proposta orçamentária que encaminhou ao Congresso, o governo tinha descontado os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta de superávit primário, no montante de R$ 32 bilhões. Ou seja, a proposta orçamentária para 2011 foi elaborada prevendo um superávit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) de apenas R$ 49,8 bilhões e não de R$ 81,8 bilhões, que é a "meta cheia" para o ano, sem os desconto do PAC.
Como a inflação deu uma acelerada no início deste ano, o governo decidiu fazer um esforço fiscal maior do que aquele que tinha programado inicialmente e perseguir a "meta cheia". Com isso, o governo esperava que a política fiscal desse uma ajuda ao Banco Central na redução da demanda, o que contribuiria para um menor ritmo de elevação dos preços. Ajustar as contas públicas a uma menor Receita e à "meta cheia" foram as razões para o corte de R$ 50,1 bilhões.

O relatório de avaliação de receitas e despesas do quarto bimestre, encaminhado pelo governo ao Congresso na segunda-feira passada, apresentou números surpreendentes para a arrecadação este ano. O governo anunciou que sua previsão para a Receita da União em 2011 foi elevada em R$ 25 bilhões, em relação à estimativa que consta do relatório do terceiro bimestre. Ou seja, em dois meses, a previsão oficial aumentou 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo trabalha agora com uma estimativa de R$ 997,4 bilhões para a Receita primária total, o que é R$ 6,9 bilhões a mais do que a previsão que consta da lei orçamentária e R$ 26 bilhões a mais do que a estimativa que consta do decreto de março, de contingenciamento.
Dessa Receita excepcional, o governo utilizou R$ 10 bilhões para aumentar a meta de superávit primário deste ano, que agora será de R$ 91,8 bilhões. Esse foi o esforço adicional anunciado pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início deste mês. Mas isso ainda é apenas uma intenção, pois falta o governo formalizar esse compromisso com o envio de um projeto de lei ao Congresso, alterando a meta fiscal definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Outros R$ 14,6 bilhões do aumento da Receita foram utilizados pelo governo para elevar as despesas deste ano, principalmente aquelas relacionadas com os benefícios previdenciários e com o seguro desemprego e abono salarial. O R$ 1,4 bilhão restante é a parte que cabe aos Estados e municípios pelo aumento da arrecadação do imposto de Renda (IR) e do imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Essa elevação da despesa significa que o corte não é mais de R$ 50,1 bilhões ou de R$ 50,6 bilhões, como passou a ser tratado a partir do relatório de avaliação do primeiro bimestre, divulgado no fim de março. O corte é agora de R$ 36 bilhões (R$ 50,6 bilhões menos R$ 14,6 bilhões).
Em 2010, o governo só conseguiu atingir a meta de superávit primário de 2,15% do PIB por causa da operação de capitalização da Petrobras, com a venda de petróleo do pré-sal para a empresa, que terminou com um saldo de R$ 31,9 bilhões nos cofres do Tesouro. Foi com esse dinheiro que o governo conseguiu cumprir a meta fiscal de 2010. Por isso, havia muita descrença entre os analistas sobre a capacidade do governo de obter o superávit primário deste ano, uma vez que não seria possível repetir uma operação parecida com a da capitalização da Petrobras.
O aspecto interessante é que a própria Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) já sabia que haveria "surpresas" na arrecadação deste ano. Tanto é assim que, na proposta orçamentária para 2011, enviada ao Congresso em agosto de 2010, a RFB informou que esperava R$ 31 bilhões em receitas "atípicas" - ou seja, de receitas extras, decorrentes de eventos tais como decisões judiciais, parcelamento de dívidas etc. No relatório de avaliação do primeiro bimestre, o governo reduziu a estimativa de receitas atípicas para R$ 12,5 bilhões. Agora, sabemos que a RFB estava com a razão desde o início.

Ribamar Oliveira é repórter especial em Brasília e escreve às quintas-feiras
E-mail; ribamar.oliveira@valor.com.br



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DESEMPENHO DAS ESCOLAS DE CODO NO ENEM 2010

O Colégio Batista teve o melhor desempenho entre as escolas públicas e privadas do munícipio de Codó, a nota geral 610,19 ficou acima da média nacional (511,21) ocupando a posição 1868º no ranking. Em 2009 a nota Batista foi de 616,32, caiu alguns pontinhos.
O Despertar aparece em 1905º com nota 609,05 (em 2009 a nota foi 609,19). Em seguida vem o Olympus-yesi com nota 589,25 (em 2009 - 637,25) ocupando a 2524º colocação.  A antiga Agrotécnica melhora a nota  e sai de 570,32 em 2009 para 576,10 ocupando a 3.077º posição.
A Escola Pequeno Polegar teve uma declinada na nota caindo de 576,1 em 2009 para 573,91 em 2010 ficando na 3.439º colocação.
Observem que todas (à exceção do IFMA) as escolas acima tiverem queda em suas notas gerais em relação ao ano de 2009, muito provavelmente é em decorrencia da nova metodologia de cálculo adotada pelo MEC.
O Luzenir Matta Roma tirou 520,73, a Almerinda Bayma 512,73 e o Clodomir Millet 471,71.

De modo geral o desempenho das escolas codoenses e de todo o Estado foi muito fraco se compararmos com o vizinho Piauí. A melhor posição maranhese foi em 61º com a Escola Jardim Crescimento.
O Portal http://www.ultimosegundo.ig.com.br/  elaborou um ranking entre as escolas que tiveram mais de 75% de participação. Vale conferir.

AVALIAÇÃO DO ENEN 2010

O iG fez uma ferramenta que apresenta as médias das notas dos alunos nas provas objetivas (nas quatro áreas do conhecimento), na redação e totais (objetiva e redação) de todas as escolas brasileiras que tiveram candidatos no exame. Ao consultar pelo nome do colégio, pela rede de ensino (pública ou privada) ou pelo Estado, é possível ver também qual percentual de alunos de cada instituição fez o Enem. Com base na mudança na divulgação dos dados realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que organiza o exame, também foi elaborado um ranking dos melhores e dos piores desempenhos de 4203 escolas.
Para evitar comparações entre instituições com níveis de participação muito diferentes, o iG optou por reunir na lista que leva em conta as médias totais dos alunos apenas os colégios com mais de 75% de alunos participantes. Aparecem sem conceito (S/C) na tabela as escolas que tiveram menos de 10 estudantes no Enem ou menos de 2% de taxa de participação.
“A preocupação dos técnicos do Inep era passar um dado sem tratamento à sociedade, que leva a erro. Recomendamos que não seja esse (a nota da escola no Enem) o único critério para que os pais escolham as escolas dos seus filhos. Embora seja um resultado importante, que qualquer um levaria em conta, a escola possui outras dimensões que não são avaliadas pela prova. Queremos (com a mudança de divulgação) agregar mais informação para que essa decisão seja tomada com mais cautela. É um subsídio a mais aos pais”, explica o ministro da Educação, Fernando Haddad.
A ex-presidente do Inep e ex-secretária da Educação de São Paulo Maria Helena Castro concorda com a preocupação: "A faixa que mostra escolas com mais de 75% de participação é a única que eu considero, do ponto de vista técnico, que possui critério adequado para avaliar as escolas".
Ranking tem novidades entre os 10 primeiros
Nesse ranking que exclui 19.697 escolas avaliadas aparecem entre as 10 primeiras algumas instituições já tradicionais no pelotão de frente do Enem. Em primeiro, está o Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, que havia perdido a ponteira no ano passado para o agora terceiro colocado Vértice, de São Paulo. Em segundo lugar está o Instituto Dom Barreto, do Piauí, que havia aparecido em 3º no ranking de 2009. O Colégio Bernoulli (4º) e o Aplicação da UFV – Coluni (8º), ambos de Minas Gerais, também já ficavam entre os 10 dianteiros. São novidades no seleto grupo o Colégio Santo Antonio (MG), que passou da 17ª posição para a 5ª, o Cruzeiro-Centro, do Rio, que tinha a 24ª posição e agora conquistou a 6ª, o Educandário Maria Goretti, que passou do 20ª lugar para o 7ª este ano, o Santo Agostinho – NL, também do Rio, que estava em 22º e ocupa agora a 9ª posição, e o Colegium, de Minas, que está em 10º e era apenas o 98º em 2009.

Média de escolas sobre 10 pontos

A média nacional dos alunos concluíntes no exame de 2010 foi de 511,21, índice que representa aumento de 9,63 pontos em relação à nota de 2009 (501,58). A meta do País para alcançar nível de desempenho parecido com o de países desenvolvidos é atingir média 600, segundo Haddad. O valor também é usado como parâmetro pelo governo federal para distribuir bolsas de estudo no exterior no Programa Ciência Sem Fronteiras.

FIM DO VOTO SECRETO

O ultimato foi dado na sessão ordinária de segunda-feira (12). O projeto de Lei de autoria do legislativo codoense que acaba com a votação secreta entre os vereadores foi aprovado por 9×1.
O projeto foi aprovado em segundo turno, portanto, a partir de agora o regimento interno da Casa será alterado fazendo com que toda e qualquer decisão a ser tomada pelos vereadores, seja em votação aberta.
Dos 11 vereadores, somente Hildenberg Oliveira não compareceu à sessão. Dos que estavam presentes, só o vereador Antônio Zaidan não foi favorável ao projeto. Zaidan disse que a matéria se trata de uma manobra política contra o ex-prefeito Biné Figueiredo. Para o edil o objetivo dos vereadores é provocar a reprovação das contas do ex-prefeito que devem entrar em votação nas próximas sessões. Zaidan informou, também, que se as contas de Biné já estivessem sido votadas, votaria a favor do projeto.
Antônio Zaidan, também, não votou no projeto quando da aprovação em primeiro turno por estar ausente na sessão que aconteceu há 15 dias.
Com o fim do voto secreto, a população vai poder conhecer melhor os vereadores em momentos decisivos para a política codoense, por exemplo, o julgamento das contas de Biné Figueiredo.

domingo, 11 de setembro de 2011

Norte e Maranhão detêm maioria dos sem-rendimento

Censo do IBGE mostra que dos 4,8 milhões que vivem em extrema miséria maior parte é de negros, pardos e crianças de até 14 anos
Os municípios de numerosa população indígena da Região Norte e os mais pobres do Maranhão concentram as maiores proporções de miseráveis que vivem sem renda própria, apontam dados do Censo 2010 recém-divulgados. A radiografia dessa população de 4,8 milhões de habitantes - equivalente à soma dos moradores de Fortaleza e Belo Horizonte - mostra que são, na maioria, negros e pardos e crianças de até 14 anos.
Em maio do ano passado, quando anunciou a existência de 16,2 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza no País, o governo federal dividiu os miseráveis entre sem renda e os 11,4 milhões que tinham rendimento familiar per capita de R$ 1 a R$ 70 mensais. No mês seguinte, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detalhou informações sobre os que tinham renda. O mapeamento dos sem-rendimento foi concluído em agosto.
Os números do Censo do IBGE mostram que, em Roraima, Estado brasileiro que detém a maior proporção de indígenas, 9% da população total é formada por pessoas que vivem em extrema pobreza e não dispõem de renda própria. No Maranhão, Estado mais pobre do Brasil, 6,7% da população - um contingente de 438 mil pessoas - vive nessas condições.
Critérios - O IBGE reuniu no universo dos miseráveis sem renda aqueles que recebem apenas benefícios como o Bolsa Família e os que não têm nenhum tipo de assistência monetária do poder público, mas não fez uma contabilidade de cada grupo separadamente.
Na pequena cidade de Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas, quase metade (48%) dos 18 mil habitantes não tem renda própria. É a maior proporção do País. No município, 59% da população é constituída de índios. Em Marajá do Sena, no Estado do Maranhão, três em cada dez moradores vivem em famílias sem renda própria. A cidade de 8 mil moradores tem a segunda pior renda média familiar per capita do País, de apenas R$ 153,47 mensais.
“A população sem renda que está em áreas de população indígena e de maioria rural vive fora do circuito mercantil, está em outro sistema de produção. Nessas áreas o nível de monetarização é baixo e é preciso pensar alternativas para as pessoas sem renda, porque não basta conseguir um posto de trabalho. Elas trabalham muito, mas com produtividade baixa”, argumenta a professora Lena Lavinas, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista no estudo da pobreza.
(Luciana Nunes Leal - O Estado de S.Paulo)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PREFEITURA DE CODÓ FAZ CONTRATO COM A EMPRESA GERAFARMA QUE ESTÁ SOB INVESTIGAÇÃO

Matéria do Portalaz.com.br afirma que empresa GERAFARMA é alvo de investigação por compras superfaturada. Observe que a Prefeitura Municipal de Codó, também compra mendicamentos de uma GERAFARMA. Será que estamos falando da mesma Gerafarma? Veja matéria abaixo:

"Com indícios de superfaturamento na compra de equipamentos e o não recebimento de algumas máquinas, a secretária de Saúde Lilian Martins, pediu que fosse aberto uma sindicância no projeto que tornaria o Laboratório Central de Saúde Pública “Dr. Costa Alvarenga” (LACEN), especialista no diagnóstico e tratamento da gripe H1N1 no estado.
De acordo com o que foi publicado no dia 04 de agosto no Diário Oficial do Governo do Piauí, seis pessoas serão indiciadas a prestar esclarecimentos sobre o superfaturamento. A instauração do processo administrativo disciplinar será em desfavor dos servidores Osvaldo Bonfim de Carvalho, José Maria Pereira da Silva Neto, Ivonete Maria Silva Ferreira, Mário Coelho Filho, Roselange/Maria de Araújo e Margarida Moreira do Espírito Santo.
Ainda segundo o documento, o pagamento dos equipamentos havia sido feitos em maio de 2010 e mesmo, após diversas cobranças, nem todos foram entregues. As compras para o novo laboratório foram feitas nas empresas Bioquímica Distribuidora de Medicamentos Ltda, no valor de R$ 326.776,96, e na empresa Grupo Empresarial Gerafarma Distribuidora e Representações Ltda, no valor de R$ 485.000,00.
De acordo com o ex-diretor do Lancen, Letiano Vieira da Silva a compra se deu devido ao surto da H1N1 no país. Segundo Letiano, o Lancen adquiriu da Bioquímica Distribuidora uma cabine de segurança biológica classe II B@, máquina de gelo em escamas granuladas 100kg/dia, ultra freezer vertical -86ºC 120L, equipamento PCR em tempo real e câmera de refrigeração científica 4ºC. Já da Gerafarma, foram comprados extratores de DNA e RNA). Deste equipamentos, ainda faltam ser entregues a câmera de refrigeração científica 4ºC, extrato de DNA e RNA. O ex-diretor do laboratório ainda denuncia que houve superfaturamento na aquisição de alguns destes equipamentos.
Além dos problemas acima citada, o relatório inicial de Auditoria da Controladoria Geral do Estado apresenta outras irregularidades, entre eles a existência de notas fiscais inválidas.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) informou que a denuncia já foi comprovada e o resultado foi imediatamente encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para instauração de processo administrativo/disciplinar, além da devolução do dinheiro da compra dos equipamentos".
Fonte: portalaz.com.br e DOE/PI, de 04.08.11